domingo, 30 de janeiro de 2011

Espontâneo

Feche os olhos e concrente-se. Conte até 10, se necessário até 20. Reveja seus últimos atos e as consequências deles sobre você. Se a conclusão é a de que o sentimento está crescendo, PARE! Abandone as figuras de linguagem e o fluido de amor. Tome como realidade o NÃO!
Cansei de ser colocada de lado, sinto-me usada quando insiste em se manter afastado.
Questiono-me a respeito da sua contradição
Diz que sim, faz que não
Insinua, nega
Até quando este joguinho?
Labirinto sem saída
Em algum dos lados, diversão desmedida
Cansei, cansei
As feridas passadas me ajudaram a crescer, afinal você chegou e me ajudou a esquecer. Cada momento que ele me fez mal, cada lágrima derramada foi revertida em construção de um novo caminho.
Limpo e lavado!





Algumas palavras soltas. Falta de imaginação. Duas mentes pensam mais.


Escrito em parceria com Sarah.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Então respiramos fundo e esperamos que nossos batimentos sejam mais tênues. O que nos causa tanta cólera, agora, será apenas mais uma lembrança.

Cuspe

Ríspida e bruscamente
De uma só vez poderia
Tirar toda esta mistura de agonia e prazer
Necessidade tão intrínseca
Desejo relutante
Quero-o não querendo
Busco-o fugindo
De mim, do nós
Os nós!
Aqui dentro, também fora
E tiro, insisto
No não, no não
De uma só vez poderia
Abandonar toda e qualquer dúvida
Todo e qualquer receio
Daqui de dentro tirar tudo
Daqui de dentro tirar todos
Os outros!
Lembranças, o frio
De uma só vez poderia
Encontrar a dose perfeita
Para acabar de vez, uma só vez
Este bem dolorido.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O que sentia mudou!

A felicidade hoje cumprimentou-me da maneira mais sutil possível: um beijo! Quem dera tivesse parado por aí, quem dera não tivesse me acordado do sonho. A realidade ficou mais palpável. Felicidade trouxe consigo o desapego. E também um novo desejo. Disse-me: Diga adeus ao conto. Seja bem vinda à realidade.
Aqui, o meu muito obrigada!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Autopsicografia - Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a finger que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse camboio de corda
Que se chama coração

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A aproximação tão anelada e cuidadosa. Passos curtos e calculados. O clima nos tomou ou entramos nele?! ... Lá estávamos nós... Juntos. A respiração funda antes do toque. Os olhares amantes, o desejo real, tão nós, tão outros.