segunda-feira, 11 de abril de 2011

Às manhãs sussurrei o quanto sentia. Presa em vestes quentes não me permiti tentar o frio. Pela janela observava a luz tomando a cidade. A bela visão, no entanto, enganava. A dor estava presente. O frio era certo. Termômetros por ali diziam a verdade. De uma hora para outra, tendo em vista tal antagonismo, surtei e ousei. Desprotegida saí em busca do real, queria-o em mim. Pelo atrevimento, fui castigada. As pontas dos dedos começaram a formigar, lábios ficaram roxos, dentes se batiam. Gargalhadas soavam em minha mente. Os olhares deferidos eram de zombação. Senti-me mal, extremamente mal. Dei-me conta de que a dúvida era o preço da segurança e que, no final das contas, seria inútil ter certeza. Não poderia confiar. Sozinha, senti o frio ainda mais frio. Conscientizei-me de que poderia morrer ali. A postura a ser tomada ditaria o fim da aventura...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Com a cabeça mirando o chão, um olhar fixo e um meio sorriso desprendo:
Hoje foi mais um daqueles dias em que acordo pensando nele. Mais um dia a repassar as palavras perfeitas para a prosa perfeita. Mais um dia a repensar, a desconfiar da intuição.
Triste.
Um pé atrás é regra. Ou era. Quem sabe estivesse sendo moldada. Quem sabe...
Quem sabe ainda dá para continuar nesse joguinho. Não é divertido brincar de viver? Não é divertido brincar de se entregar? Não é divertido brincar com o sentir?
É... Talvez... Já tenha dado o tempo.
Tempo de se perceber que não suporto mentiras.
Tempo de se perceber que eu não sou uma farsa e que NÃO QUERO FARSAS.