quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Gente Doida

Tem mais ainda
Aquele tipinho
Que sai enchendo a boca
Pra falar, inventar
Do que não sabe
Do que imagina ser

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Alinhar à esquerdaÉ incrível como a monotomia do cotidiano nos leva a percorrer caminhos antes vistos como descabidos. Aqui, usando o computador, resolvi fechar meus olhos e correr o rato sobre a tela, queria ver qual música elegeria para ouvir. Foi a seguinte, cuja letra disponibilizo:

Caetano Veloso, Acontece
Composição: Cartola
Esquece nosso amor
Vê se esquece
Porque tudo no mundo
Acontece
E acontece
Que já não sei mais amar
Vai chorar, vai sofrer
E você não merece
Mas isso acontece
Acontece que meu coração
Ficou frio
E o nosso ninho de amor
Está vazio
Se eu ainda pudesse fingir
Que te amo
Ah
Se eu pudesse
Mas
Não quero
Não devo fazê-lo
Não acontece

domingo, 17 de outubro de 2010

Para um bom entendedor, um moinho esconde uma agulha. :D
Pela madrugada quis sim adentrar-me. Desvendar os segredos de um novo mundo, enfrentar os medos interiores era o que queria. A escuridão de um dia nublado poderia sim se transformar em algo melhor. Um quarto quente de onde, através de uma janela, observaríamos a chuva escorrer no vidro gélido da janela. Um coberto coberto de farelos de biscoito e uma xícara suja de chocolate ao lado. Sim, sim. Quis adentrar-me nos mistérios da imaginação. Até onde poderia ir?! Viajar pela vida, pelo futuro, pelo desconhecido, pelo passado repleto de erros. É o que quero. Fugir um pouquinho do aqui e agora. Quero sim esquecer de quem sou, de quem tenho. Dos meus problemas, dos nossos problemas. Fecho, pois, meus olhos e vou aonde ninguém foi. Porque ali o lugar é meu. E não há chaves que permitam a entrada de outrém, não há, não há. Ali estão meus segredos e confissões. Erros. Ali é o meu esconderijo. É onde eu me encontro com o meu verdadeiro eu e simplesmente passamos a limpo. Fiz SIM. Porque QUIS. Fá-lo-ei quando quiser. Brigarei quando quiser, xingarei quando quiser, sorrirei quando quiser. Seja um sorriso doce, seja o tão conhecido irônico, seja a gargalhada desafiadora e rancorosa. Eis-me aqui, para discordar, para perturbar. Acordei-me a mim mesmo por burrice e, por burrice, hei de fechá-lo novamente. E hei de esconder a chave. Porque não quero que ninguém saiba das minhas loucuras. Quero que todos saibam que sou uma casca cujo conteúdo, rá rá, talvez nem eu afundo conheça.
Cansei, cansei.
De VOCÊ! Das LEMBRANÇAS! De MIM!
Nova vida, por favor.

Um cigarro, um café.
Um chicle de menta, um coca.

Assim seja!
Já lhe contei o sonho que ontem tive?! Não?! Pois bem, foi assim:
Sonhei que estava tudo bem, como em filme. Éramos felizes como no continuar daqueles finais "Feliz para sempre". Éramos parceiros, éramos amigos e, ao mesmo tempo, nada éramos. É até difícil explicar o que realmente éramos. Um tipo de casal, um tipo de amizade. Sei lá o que éramos. Talvez fóssemos crianças, puras. Como sei lá o quê! Água potável?! Ah, comparação fria demais... Mas não sei, tínhamos a liberdade que sempre almejamos... Tínhamos uma cor a mais para colorir nossas aureas e atmosferas... Algo mágico! Pronto! Isso fomos ontem à noite. A magia do existir, a magia do amar, a magia da vida. Satisfeitos com as particularidades.
Foi um sonho, exato. Quanto à realidade, de ela já não sei.
Busco uma válvula de escape
Sinto-me sufocada e isso é pra já
Já não aguento
Já não resisto
Logo, logo eu explodo
Busco minha válvula de escape
Seja em letras
Seja em atos
Quero apenas evitar estragos
Evitar desperdício
Bendito arrependimento
Sinto-me feliz por sentir-me forte
Sinto-me fraca ao não ser
Como devo, como quero, como detesto
Boazinha
Quietinha
Santinha
Menininha
Seu anjo!
Nada sou, tudo sou
Canso-me das diversas de mim
Canso-me de mim
E busco
Paz
E busco
Amor

sábado, 9 de outubro de 2010

É incrível. A maneira como as nuvens vão chegando devagar e subitamente já estás no céu. Logo, o refrigério vai sendo substituído por um leve calor até que te vês no inferno. Nu e cru, real e dolorido, como a verdade. Então, como Adão e Deus, uma mão em direção a tua estende-se oferecendo ajuda. Aceitas e te arrependes. Nua e cruamente, dói mais uma vez. Dor, arrependimento e remorso.
Qual ingrediente mais seria necessário para fazer culminar a vontade de desistir?!