terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bolha Universo

O vento sopra e insinua seu ronco preguiçoso
Os pêlos eriçados têm do que reclamar
Mas a respiração profunda ignora o frio
O coração está também frio, ofegante, suado (?!)
E a possibilidade de parar não mais o assusta
O tempo lhe mostrou o quão óbvio é:
Está tudo em mim
Como não pude ver
Se é tudo que se vê!
Dor, desilusão, angústia, lágrimas
E as tentativas viram
Cansaço, raiva, pena, pranto
Embora esteja ainda escuro, depois da meia-noite já é sim um novo dia
Novos tempos, embora o passado permaneça na memória
E lentamente as perguntas vão surgindo
Está morto o coração?
É a parada da respiração?!
E o calor ganha espaço
As esperanças de um futuro agem
Como anestesia
Estou correndo, estou correndo
Do medo de temer
Temer você
Do medo de dever
Dever a mim
Do medo de não conseguir
Apagá-lo, apagá-lo...
Daqui

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Nadar conta maré

Eu via que a nossa passividade justificava a frieza. Os dias não estavam fáceis. Atenção era necessário. Eu pedia, pedia. Tentava a todo custo lhe transmitir a minha preocupação. Houve conversas, houve más interpretações...
Percebi que a transparência não era o forte. E eu pedia verdade, mas só ganhava omissão. E se fosse novidade... Como se não bastasse, veio a sacanagem. A ignorância, a zombação. Virei chacota, ou palhaço de circo, sendo o motivo de todas as gargalhadas.
Desde muito tenho me atentado a isso... E é verdadeiramente uma pena saber que você não pôde me entender.
A da vez é: Prove do seu veneno.