domingo, 17 de outubro de 2010

Pela madrugada quis sim adentrar-me. Desvendar os segredos de um novo mundo, enfrentar os medos interiores era o que queria. A escuridão de um dia nublado poderia sim se transformar em algo melhor. Um quarto quente de onde, através de uma janela, observaríamos a chuva escorrer no vidro gélido da janela. Um coberto coberto de farelos de biscoito e uma xícara suja de chocolate ao lado. Sim, sim. Quis adentrar-me nos mistérios da imaginação. Até onde poderia ir?! Viajar pela vida, pelo futuro, pelo desconhecido, pelo passado repleto de erros. É o que quero. Fugir um pouquinho do aqui e agora. Quero sim esquecer de quem sou, de quem tenho. Dos meus problemas, dos nossos problemas. Fecho, pois, meus olhos e vou aonde ninguém foi. Porque ali o lugar é meu. E não há chaves que permitam a entrada de outrém, não há, não há. Ali estão meus segredos e confissões. Erros. Ali é o meu esconderijo. É onde eu me encontro com o meu verdadeiro eu e simplesmente passamos a limpo. Fiz SIM. Porque QUIS. Fá-lo-ei quando quiser. Brigarei quando quiser, xingarei quando quiser, sorrirei quando quiser. Seja um sorriso doce, seja o tão conhecido irônico, seja a gargalhada desafiadora e rancorosa. Eis-me aqui, para discordar, para perturbar. Acordei-me a mim mesmo por burrice e, por burrice, hei de fechá-lo novamente. E hei de esconder a chave. Porque não quero que ninguém saiba das minhas loucuras. Quero que todos saibam que sou uma casca cujo conteúdo, rá rá, talvez nem eu afundo conheça.
Cansei, cansei.
De VOCÊ! Das LEMBRANÇAS! De MIM!
Nova vida, por favor.

Um cigarro, um café.
Um chicle de menta, um coca.

Assim seja!

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Exercitando a mente.