Eu não quero acreditar. Eu consigo, mas não quero. Simples assim: Não quero acreditar que ela se foi!!
Não quero acreditar também que não fui lá ver o seu corpo frio e sem vida. E não quero acreditar que ela não acordou dizendo "- Gente, eu estou viva! Eu sobrevivi".
Minha cabeça prefere repassar os momentos que tivemos juntas, as vezes em que rimos, que discutimos pontos de vista, que falamos mal do colega ao lado e o quanto fulano tinha mudado.
Eu não quero acreditar que depois de tanto sofrimento por alguém que eu nem tinha lá tanta intimidade, estou sofrendo pouco mais.
Eu não quero. Não quero me obrigar a pensar no que tem depois disso. Depois dessa fase (fase mesmo?!): A Morte!
Morte, morte, morte, moras ao lado e não sabe dar avisos!!
Nas últimas vezes que a vi, ela estava me elogiando. Dizia: "- Nossa, como você está bonita. Mudada! Quero um amor desses também!!".
Sério, alguém tem alguma palavra que amenize essa dor?! Porque agora ela está mais próxima. Está aqui. E eu sinto medo. Outra vez, quero não pensar que pode acontecer outra vez. Melhor: Acontecerá outra vez! Não sei quando, não sei quem. Mas vai doer.
E hoje, que estou ferida, não quis impedir que esse líquido salgado rolasse por meu rosto.
Homenagem a Ana Rodrigues, estudante de administração que faleceu ontem, depois de quase um mês em coma.
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Exercitando a mente.